Profissões em extinção: 10 carreiras que estão ficando obsoletas e o papel da escola nesse cenário

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Sumário

A realidade não é estática, e o mercado de trabalho também não. Se o intuito de uma carreira é atender a uma necessidade, é natural que a ocupação deixe de existir se essa carência for suprida de forma mais efetiva e econômica, como já ocorreu no passado e ocorrerá sempre, em todos os tempos. Com isso, profissões em extinção deixam o mercado e abrem espaço para novos ramos de atividade.

 

A escola tem um papel crucial nesse cenário, já que é uma das principais bases comuns de construção do conhecimento. É primordial que se mantenha em sintonia com o mercado de trabalho, e busque desenvolver competências que sejam úteis aos estudantes na vida adulta, inclusive no tocante à formação profissional para carreiras não-obsoletas.

 

É claro que não é possível apontar com 100% de certeza quais profissões vão desaparecer, mas há tendências e probabilidades que conseguem mostrar fortes inclinações. Os especialistas as observam, e podem indicar prováveis profissões em extinção. E para que a sua escola possa se atentar a elas, elaboramos uma lista de carreiras que devem deixar o mercado nas próximas décadas, de acordo com a Universidade de Oxford, o portal CareerCast e a Revista Exame

 

1. Revelador fotográfico 

(Fonte: Universidade de Oxford)

 

O revelador fotográfico é o profissional que trabalha em um laboratório de revelação (câmara escura) e revela películas fotográficas. A profissão vem se tornando obsoleta desde o “boom” das fotos digitais, que tornaram a revelação física algo desnecessário. Mesmo para os saudosistas do álbum de fotos e do porta-retrato, surgiram as opções de impressora de revelação de fotos digitais e de porta-retrato digital. 

 

Atualmente, a revelação de fotos analógicas é necessária a pouquíssimas pessoas – em geral fotógrafos profissionais que ainda não aderiram ao digital – mas até esse seleto grupo, muitas vezes, é capaz de fazer suas próprias revelações. Com isso, a profissão de revelador fotográfico caminha para a previsível extinção.

 

2. Anestesista

 (Fonte: Revista Exame)

 

Pode ser surpresa para você, mas entre as profissões em extinção para as próximas décadas está a de anestesista. Se você pensou que isso pode estar relacionado à robótica, pensou certo. O robô “Sedasys” foi desenvolvido pela Johnson & Johnson, e já é capaz de anestesiar com sucesso pacientes que irão se submeter a tratamentos de menor complexidade em clínicas e hospitais. 

 

A diferença de custo é gigantesca. Nos hospitais americanos, por exemplo, nos quais os testes foram feitos, o procedimento custa em média US$ 2.000 se realizado por um anestesista, e US$ 150 se feito por um robô. Embora ainda seja algo muito recente, o fato de haver similaridade na eficiência e grande diferença nos custos aponta para um futuro em que a anestesia não precisará mais de profissionais humanos, e sim robôs. 

 

 

3. Carteiro

 (Fonte: CareerCast)

 

No ano passado (2018) os Correios anunciaram em memorando que o cargo de carteiro, entre outros, seria encerrado. Após a polêmica gerada com o anúncio, a empresa voltou atrás. A tendência mundial, porém, é de que a profissão acabe extinta no futuro.

 

A Ford, que já anunciou o lançamento de carros autônomos (sem motoristas humanos) para 2021, também fechou uma parceria com a Agility Robotics para lançar entregadores robôs. A empresa já realiza atualmente entregas com carros autônomos, mas os clientes precisam buscar a mercadoria dentro do carro. Com a parceria, os robôs serão levados pelos carros autônomos e deixarão a mercadoria na frente da porta do cliente. 

 

Os entregadores robôs podem carregar até 10 quilos, equilibrar-se em terrenos irregulares e até subir degraus. O primeiro já está em teste e atende pelo nome de Digit. Por este vídeo, você pode ter um vislumbre do futuro.

 

4. Bibliotecário

(Fonte: Universidade de Oxford)

 

Em tempos digitais, o conhecimento não está mais enclausurado nas páginas impressas dos livros que lotam as estantes das bibliotecas. A internet há algumas décadas vem democratizando o acesso à informação, e suas possibilidades atuais são estratosféricas. Informações são encontradas em segundos nos buscadores de pesquisa, partes remotas do mundo são experimentadas em realidade virtual aumentada, toda a informação de que se precisa está a poucos cliques de distância.

 

Até quem quer um livro não precisa mais ir até a biblioteca. Sejam as obras físicas ou digitais, elas podem ser rapidamente adquiridas em lojas virtuais e, às vezes, até baixadas gratuitamente. Com tanta facilidade, poucas são as pessoas que estão dispostas a sair do conforto de casa, se deslocar até uma biblioteca dentro do horário comercial, fazer um cadastro, escolher um livro e devolvê-lo dentro de um prazo estipulado. Ante a essa realidade, não é surpresa que a profissão de bibliotecário apareça na pesquisa realizada pela Universidade de Oxford com 99% de probabilidade de extinção. 

 

5. Piloto de avião 

(Fonte: Revista Exame)

 

A aviação, não é de hoje, se vale de tecnologia para a tripulação de aeronaves. O piloto automático pilota os aviões na maior parte do tempo, e a necessidade de seres humanos assumirem o controle ocorre majoritariamente nas partes de decolagem e pouso. Aviões totalmente autônomos já estão em teste, e são uma tendência para o futuro. Além de eliminarem falhas humanas, poderão gerar uma economia estimada em US$35 bilhões. Com eles, a tendência é de que a profissão de piloto de avião se torne obsoleta.

 

6. Taxista 

(Fonte: CareerCast)

 

Não é surpresa que “taxista” esteja entre as profissões em extinção. Com a popularização de aplicativos de transporte (pagos) e até de caronas (mediante rateio da gasolina), as pessoas estão cada vez menos usando táxis, principalmente pela diferença de custos que existe entre eles e as outras opções.

 

Essa concorrência, que é a maior que os taxistas enfrentam atualmente, não será a única no futuro. Nas próximas décadas, carros para transporte de passageiros poderão não precisar mais de motoristas humanos. A empresa americana Waymo, que possui uma frota de carros autônomos, tem planos de usá-los para o transporte de pessoas, como um Uber sem motorista. Então de uma forma ou de outra, o futuro para a profissão de taxista não se desenha promissor.

 


7. Digitador 

(Fonte: Universidade de Oxford)

 

A carreira de datilógrafo foi substituída pela de digitador no passado, quando as máquinas de escrever foram trocadas pelos computadores. Agora, é a profissão de digitador que está “pela bola 8”. A mesma causa que deu origem a ela – a tecnologia – será a que provocará a sua extinção. Hoje já há tecnologias que transformam automaticamente o áudio em texto, bem como plataformas de leitura inteligente e softwares de digitalização de grandes volumes de documentos. Com os avanços, os serviços de um digitador tornam-se cada vez menos necessários.

 

8. Recrutador (RH)

(Fonte: Revista Exame)

 

A Inteligência Artificial é capaz de atividades cada vez mais complexas, e no futuro poderá inclusive fazer a seleção de talentos para as empresas. Os algoritmos serão capazes de avaliar o perfil de um candidato analisando currículos e informações expostas na internet, como fotos, vídeos e publicações em redes sociais. 

 

Além disso, os dados profissionais devem, no futuro, ficar armazenados em uma base de dados Blockchain, criando um sistema de review público. Assim, a IA poderá utilizar mineração de dados, aprendizagem de máquina e modelagem preditiva para chegar aos perfis ideais de candidatos para as seleções das empresas, dispensando a necessidade de um recrutador para realizar essa análise.

 

9. Relojoeiro 

(Fonte: Universidade de Oxford)

 

Com a popularização dos relógios digitais no final dos anos 80, a profissão de relojoeiro começou a entrar em declínio. Esses profissionais começaram a ver o fluxo de demandas que costumavam ter cair vertiginosamente. Com isso, a oferta de relojoarias foi se tornando cada vez mais reduzida.

 

Hoje, além dos relógios digitais de pulso, há muitas outras opções digitais para a conferência das horas, como celular, relógio do computador e até relógios digitais de rua. Com uma quantidade cada vez menor de usuários de relógios analógicos, a carreira de relojoeiro obteve o seu posto na nada cobiçável lista de profissões em extinção.

 

10. Telemarketing 

(Fonte: Universidade de Oxford)

 

Hoje a Inteligência Artificial é a menina dos olhos das empresas que fazem uso de tecnologia. A gama de possibilidades é gigantesca, e nela também está inclusa a parte de interação com público. Um robô dotado de IA consegue simular uma fala humana, e a tendência é de que no futuro, ele seja o próprio operador de telemarketing.

 

No ano passado, a Google despertou atenções ao realizar uma ligação com sua assistente robô sem que a pessoa do outro lado da linha percebesse que não estava falando com um ser humano. Atualmente, muitas empresas já estão testando o uso de robôs em call centers. Neste vídeo, aos 19 minutos e 32 segundos, você consegue assistir a uma ligação entre a assistente robô de uma rede varejista brasileira e uma cliente. Experiências como essa dão o tom do que o futuro reserva à profissão de telemarketing.

 

Leia mais
– 10 profissões em alta no futuro e a importância de os alunos estarem preparados para elas
– Cultura Maker: saiba como essa tendência favorece o aprendizado dos seus alunos


Percebeu como é importante que a sua escola se atualize e mantenha o aprendizado em sintonia com as tendências de mercado? Assim, conseguirá preparar os alunos para as carreiras do futuro, e não para as profissões em extinção 🙂

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