Ano letivo 2020: como reestruturar o cronograma e recuperar o tempo perdido

Ano letivo 2020

Compartilhe

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn

Sumário

Com as aulas presenciais suspensas desde março – devido à pandemia de Covid-19 – e sem uma data certa para retorno, as escolas que paralisaram completamente as atividades agora enfrentam um outro inimigo: o relógio. Se havia a crença de que antecipar as férias de julho bastaria para contornar o problema, ela agora ruiu. O tempo de férias já acabou, mas a suspensão das aulas presenciais não. O que fazer então para reestruturar o cronograma escolar e não comprometer o ano letivo 2020?

 

Calma, para tudo há solução, mas é preciso agir rápido a partir de agora, tá certo? Como você deve saber, a Medida Provisória Nº 934, assinada em abril deste ano, liberou as escolas em caráter excepcional do cumprimento de 200 dias de aula para o ano letivo 2020, mas manteve a exigência de 800 horas/aula. Essa mudança permite que as instituições possam reorganizar o cronograma de forma mais flexível, gerenciando o tempo de maneira eficiente a partir de agora, e buscando o cumprimento das horas, e não dos dias.

 

Agora que conhecemos o cenário, vamos começar a falar em estratégia? O primeiro passo é não olhar para trás, certo? Precisamos trabalhar com o que temos, sem lamentar pelos dias perdidos. O segundo passo é dividir as táticas em dois momentos: durante a pandemia (atual) e pós-pandemia (retorno às aulas presenciais).

 

Você está pronto para encarar o desafio? Então venha comigo, vamos começar a traçar as estratégias:

 

Momento de pandemia

 

Começaremos então pelo momento atual, em que as aulas presenciais estão suspensas. Você já deve ter percebido que “sentar e esperar” essa fase passar não é uma boa ideia. Ao menos, não se o seu objetivo é fazer o ano letivo 2020 caber dentro de 2020, não é? Então vamos arregaçar as mangas e começar a trabalhar com o que é possível fazer neste momento. Veja:

 

Ensino a Distância (EaD)

 

Diversas escolas por todo o país já estão usando o Ensino a Distância a pleno vapor para dar continuidade às aulas. Não é tarde para a sua instituição. Ainda dá tempo de “entrar nesse bonde”, só não demore.

 

Por EaD é possível seguir uma rotina relativamente normal de aula. Os professores conseguem:

 

  • Ministrar aulas

  • Enviar materiais

  • Realizar exercícios

  • Aplicar provas

  • Receber redações e trabalhos

  • Tirar dúvidas dos alunos

 

Tudo isso, feito dessa forma, gera inclusive um novo aprendizado para professores e alunos. Eles começam a explorar possibilidades tecnológicas que talvez nunca tenham usado antes. Isso é algo importante em um mundo cada vez mais voltado para a tecnologia. Esse conhecimento adquirido agora pode fazer diferença no futuro profissional dos alunos, e até dos professores. Portanto, não tenha medo da tecnologia, use-a como uma aliada. Prefira enxergar o copo “meio cheio” do que “meio vazio”.

 

Resumindo então, a dica deste tópico é: use o EaD. Se há uma tábua de salvação para o ano letivo 2020, com certeza ela está nele. E como não existe mais uma exigência mínima de dias letivos, e sim de horas/aula, é possível inclusive fazer aulas mais longas, para compensar os dias parados.

 

Isso pode ser feito de várias maneiras. Acrescentar uma hora a mais em cada aula é uma opção. Outra é fazer aulas EaD em período integral, mas com intervalos grandes entre as aulas, para não ficar cansativo. Ou então fazer as aulas em tempo normal, mas estendê-las até sábado. 

 

Há diversas formas de reestruturar o cronograma. Sábados, domingos e feriados podem sim ser utilizados desde já. Então, verifique quantas horas precisam ser recuperadas e organize o cronograma de uma maneira que possibilite isso.

 


Aulas de reforço EaD

 

Além das aulas normais, muitas escolas oferecem aulas de reforço. Isso pode continuar sendo feito por EaD. Então, se alguns alunos demonstrarem mais dificuldade em certos assuntos, eles poderão se inscrever nessas aulas, para reforçar o conhecimento. Como esse grupo seria reduzido, o professor conseguiria trabalhar de forma mais individualizada nas dificuldades dos alunos.

 

É claro que isso não contaria para as 800 horas/aula obrigatórias, até porque só alguns alunos participariam dessas aulas de reforço, e não a turma inteira. Mas se a qualidade do aprendizado também é uma preocupação da escola, essa ação ajudaria bastante. 

 

Materiais de estudo complementares

 

Ainda pensando na qualidade do ensino, uma outra dica é reforçar o aprendizado enviando aos alunos materiais de estudo complementares. Não precisam ser só os obrigatórios, necessários para a execução das atividades passadas em aula. Os professores podem disponibilizar também materiais interessantes que encontrarem na web, como filmes, documentários, jogos, livros, etc., que tenham ligação com o assunto estudado.

 

O aluno não ficaria sobrecarregado, pois o contato com esse tipo de material seria totalmente opcional. Além disso, seria algo mais lúdico, que ocuparia o tempo ocioso da quarentena e poderia ser usado até como lazer, já que é possível aliar aprendizado e diversão.

 

Momento pós-pandemia

 

Na primeira parte deste post falamos sobre as estratégias que as escolas podem usar para recuperar o tempo perdido do ano letivo 2020, tanto com relação às horas/aulas quanto com relação à qualidade do aprendizado. Agora vamos planejar o segundo cenário: o momento pós-pandemia.

 

Não sabemos ao certo quando esse momento se dará, mas podemos estruturá-lo dentro do novo cronograma. É preciso, porém, manter a premissa de que esse planejamento não é engessado, e que pode sofrer novas modificações à medida que o cenário pandêmico for se alterando.

 

Aulas em período integral

 

Uma das possibilidades de reestruturação do cronograma no momento pós-pandemia é com aulas em período integral, e não mais meio-período, como é normalmente na maior parte das escolas. Para isso, a sua instituição precisaria se organizar para que os estudantes pudessem almoçar no local, pois ficariam lá o dia todo.

 

Há escolas de ensino regular que já adotam o período integral em épocas normais. É possível usá-las como inspiração, e fazer para essa fase um cronograma similar ao que essas instituições têm para o ano todo. Essa seria uma maneira eficaz de repor as horas perdidas.

 

Aulas em finais de semana e feriados

 

Uma possibilidade, que certamente não terá muitos fãs entre alunos e professores, mas que é uma alternativa diante do cenário que temos, é o uso de sábados, domingos e feriados para repor as aulas perdidas e conseguir concluir o ano letivo 2020 dentro deste ano. Escolhendo essa alternativa, as aulas não precisariam ocorrer em período integral.

 

Talvez não seja necessário usar os três dias, somente sábados e feriados, ou quem sabe até menos. É preciso calcular a quantidade de horas/aula que precisam ser repostas, para então decidir quais desses dias precisarão ser usados e por quanto tempo. Não é algo que agradará a todos, mas é uma opção viável para 2020.

 

Aulas ao longo do mês de dezembro

 

Outra opção, que talvez seja a menos drástica entre as já citadas no momento pós-pandemia, é estender as aulas até o final de dezembro, cancelando parte das férias de fim de ano. Assim, não seria necessário usar o período integral e nem comprometer fins de semana e feriados, ou ao menos não todos.

 

Ensino híbrido

 

Por fim, encerrando a lista de opções para o momento pós-pandemia, temos o ensino híbrido. A ideia é muito similar à do ensino integral, mas nesse caso, o segundo turno de estudos aconteceria em casa, por EaD, método ao qual os estudantes já estariam acostumados.

 

Para a escola, a grande vantagem é que ela não teria que readequar sua estrutura para possibilitar que os alunos almoçassem no local. Para os estudantes, a vantagem é que eles não precisariam ficar confinados nas dependências da escola o dia inteiro. Assim, essa opção seria uma mescla do formato de ensino que já ocorre na quarentena com a forma tradicional de aulas presenciais.

 


Casos especiais

 

Vale lembrar também que mesmo quando as escolas reabrirem, é possível que alguns estudantes não consigam voltar. Há crianças e adolescentes que pertencem ao grupo de risco, pois têm doenças crônicas. E há também alunos que, embora não tenham nenhum problema de saúde, moram com pessoas que são do grupo de risco. 

 

Para esses casos, o contágio por Covid-19 ainda será preocupante, mesmo que a doença não seja mais considerada pandêmica. Então a escola precisa prever esse cenário no novo cronograma, e fazer um planejamento para uma volta às aulas que talvez não contemple todos os alunos. 

 

Os estudantes que precisarem permanecer em casa não devem ser privados do ensino. Por isso, é necessário encontrar um meio de transmitir a eles de forma virtual até mesmo as aulas que estiverem ocorrendo para os outros alunos de forma presencial. Ou seja, mesmo que a escola adote uma das outras alternativas já citadas para a reposição das horas/aula, para determinados alunos pode ser preciso que as aulas tenham uma versão virtual.

 

Tecnologia necessária para seguir com o cronograma

 

Agora que já vimos o que pode ser feito nos dois momentos (atual e pós-pandemia) para que o ano letivo 2020 seja reestruturado, vamos falar sobre a tecnologia que será necessária para isso. Afinal, como você deve ter notado, boa parte das estratégias são estruturadas sob bases digitais.

 

Vamos começar listando as necessidades que precisam ser supridas, ok? São elas:

 

  • Transmissão de aulas virtuais ao vivo e/ou gravadas

  • Envio de materiais em diversos formatos

  • Aplicação de provas

  • Recebimento de trabalhos

  • Comunicação com os alunos e pais

 

Todas essas necessidades são bastante visíveis no primeiro momento do planejamento, em que as aulas ocorrem completamente por EaD. No segundo momento, elas também aparecem na tática de ensino híbrido. E como citamos, pode existir a necessidade de as aulas continuarem ocorrendo em EaD para uma parte dos alunos no período pós-pandemia.

 

Outra questão que precisa ser considerada é a possibilidade de o segundo momento do planejamento acabar não se concretizando para o ano letivo 2020. Afinal, não é possível determinar quando as escolas reabrirão, e nem garantir que isso de fato acontecerá este ano. Então, como diz aquele provérbio chinês muito utilizado no mundo dos negócios: “espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier”.

 

Como você viu, é importante pensarmos em soluções tecnológicas a longo prazo. Algo que comporte todas as necessidades desse planejamento. Vou te dar o exemplo da solução que desenvolvemos aqui na ClipEscola. Aqui criamos a Plataforma de Transformação Digital M3I. A solução foi pensada considerando as necessidades de comunicação de todo o ecossistema escolar. 

 

Especificamente para o cenário de EaD, há um módulo chamado Ambiente Virtual de Aprendizagem – AVA. Ele possui salas de aula virtuais com possibilidade de interação com os alunos por voz ou chat; recursos para a criação de provas, envio de trabalhos, tarefas e materiais complementares; comunicação por recados digitais com os alunos e com os responsáveis; entre outros. Tudo o que conversamos neste post pode ser estruturado na plataforma. Saiba mais por aqui.

 

Leia mais
– Provas online: como criá-las e seguir com as rotinas durante o isolamento social
– Como a ClipEscola pode ajudar a sua escola durante o período de pandemia


Espero que esta leitura tenha te ajudado, e que ela seja útil para a reestruturação do cronograma do ano letivo 2020 da sua escola. Se precisar de ajuda, você pode
entrar em contato com a gente por aqui.

CTA_Webinar_Ano letivo 2020

Compartilhe

WhatsApp
Facebook
Twitter
LinkedIn